27 de março de 2015

Minha História de Amor - Juliana e Olavo


Sou a Juliana, casada com Olavo há 10 anos. E ao contrário de muitos casais, não gostamos um do outro no primeiro momento. Foi uma certa “antipatia à primeira vista”.
Na época, em setembro de 2002, eu era aluna da Faculdade Pioneira em Ijuí e ele do Seminário Batista do RS em POA. Éramos Conselheiros de Embaixadores do Rei. Nos vimos pela primeira vez em uma reunião de projeção do Acampamento Estadual em Cachoeira do Sul.
Ao chegar na reunião, sendo a única mulher, ele achou que eu estivesse acompanhando o meu esposo, porque, segundo o que imperava, a Organização era coisa para Meninos. E para ajudar, dois Embaixadores, achando a situação inusitada, não saiam da minha volta querendo saber tudo sobre uma mulher ocupar o cargo de Conselheira. E ele achou que os dois fossem meus filhos. Assim, por questão de respeito, cumprimentou a todos, menos a mim. Achei um verdadeiro desrespeito, afinal, o que nos diferenciava era apenas o gênero. Pensei que talvez estivesse menosprezando o fato de ocuparmos o mesmo posto.
Pré-julgamentos a parte, com o início da reunião e a apresentação dos Conselheiros, ele descobriu que eu era solteira, não tinha filhos, e, como atleta de futsal na época, estava preparando a organização para as atividades esportivas do acampamento que estávamos organizando.
Alguns suspiros depois, tomou coragem e veio conversar comigo. Trocamos meia dúzia de palavras, tiramos foto oficial com todos os Conselheiros e voltamos cada um para sua cidade.
Em novembro daquele ano, no Acampamento Estadual dos Embaixadores do Rei, mesmo em meio a tantas atividades, ele veio logo querendo saber tudo sobre mim. Passei por uma sabatina.
Me senti assustada, estava sentindo algo tão forte e repentino por alguém que estava vendo pela segunda vez. Então orei a Deus e disse que manteria meu propósito de namorar apenas aquele que fosse meu esposo e que, se de alguma forma, Ele tivesse um plano especial para os dois e definitivo (ou seja, para a vida toda), eu ouviria dele naquele momento em que conversávamos.
Descobrimos muitas coisas em comum, objetivos parecidos, sonhos, projetos... e ao final daquele acampamento eu ouvi: quero casar contigo! Levei um susto pela precocidade da afirmação, mas concordei que orássemos a respeito. Foram dois meses distantes.
Em Janeiro de 2003, entre muitos convites para estágio de férias, acabei indo para um Mutirão Missionário na Cohab em Guaíba. Ao chegar na pequena Congregação, a primeira pessoa com a qual me deparei: Olavo. Ele ficou tão nervoso que nem me cumprimentou, levantou-se e abriu a geladeira para fazer qualquer coisa que amenizasse a euforia do momento e, acreditem, arrancou a porta do eletrodoméstico. Todo mundo notou que “the love is in te air”.
Passada a gafe do momento, pudemos trabalhar juntos e ver o quanto amávamos o ministério e a possibilidade de levar significado à vida das pessoas através de Jesus Cristo.
Foi então que, sob a bênção do Pastor Ricardo Rabenhorst, que coordenava o projeto, iniciamos o namoro em 08 de janeiro de 2003. Depois do Projeto, novamente, cada um voltou para a sua cidade. Éramos, agora, namorados à distância.
Nos vimos apenas uma vez no intervalo de 6 meses e quase declaramos falência depois de recebermos as contas telefônicas.
No entanto, nossos corações zelavam pela vontade de Deus e nossa preocupação era saber se estávamos conduzindo as coisas de maneira correta. Olavo tinha a convicção de que deveria permanecer em POA e orava a Deus para que Ele desse uma prova definitiva da Sua aprovação em relação ao nosso namoro. E eu, em Ijuí, fazia o mesmo.
Como resposta, eu recebi um convite da Igreja Batista Central em POA para trabalhar com crianças. E assim, em 07 de Julho de 2003, Deus me trouxe para perto de Olavo comprovando, mais uma vez, que Ele estava à frente, regendo tudo.
Em 23 de setembro do mesmo ano, a doce surpresa: o anel de noivado como presente de aniversário. Foi uma estratégia inteligente. Afinal, presente é para ser aceito, e, eu disse SIM.
Casamos em 26 de fevereiro de 2005, na mesma Igreja onde Olavo é pastor há 9 anos, a nossa amada Igreja Batista Cristal.
Se tivemos dúvidas? Tivemos. Problemas? Também. Mas resolvemos encarar todas as diferenças e dificuldades que porventura aparecessem e permanecemos juntos, há 10 anos.
Aliás, foram justamente as diferenças que contribuíram para o nosso amadurecimento como casal. Imaginem duas pessoas com personalidades opostas, éramos nós.
Vocês meninas, imaginem ser acordada às 5 h da manhã, com uma bandeja de café, ao som de hinos do Cantor Cristão totalmente desafinados, com a expressão: “- Olha o que eu preparei para que o teu dia comece maravilhoso!”. Primeiro, não tinha nem amanhecido. Segundo, eu nem queria café e terceiro, melhor nem comentar, rsrsrssr.
Agora imaginem alguém extremamente sistêmica, com mania de organizar tudo por tamanho ou cor. Tadinho do meu marido. Essa era eu.
Na época não foi nada fácil, mas hoje lembramos com carinho e rimos muito sempre que falamos a respeito. Lutamos, vencemos, mudamos e permanecemos.
Por uma questão patológica não podemos ter filhos. Se o Senhor nos dará filhos, biológicos ou não, não sabemos. Até agora ouvimos NÃO. Desta forma, eu pude aprender o verdadeiro e profundo significado de amar sem esperar nada em troca.
Assim, eu amo o Olavo, em dobro.
Juliana e Olavo Vigil
Pastor em Igreja Batista Cristal em Porto Alegre





Um comentário:

  1. Que linda história de amor... Só fiquei com uma dúvida: com tantos gastos de telefone, afinal, QUEM LIGOU PRIMEIRO???
    Um abraço e Deus abençoe

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