A oração do Deus pai
É nessa oração que aprendemos com Jesus, que Deus
deseja se relacionar conosco de forma mais íntima, mais sincera e mais pessoal.
É nela que vemos que em Cristo podemos nos achegar a Deus como um filho a um
Pai. Nessa oração, Jesus me ensina que com Deus eu falo como falo com meu pai,
não como quem manda, mas como quem sabe que o pai o ama, sabe o que é melhor
para mim, e mesmo que custe uma infelicidade momentânea, olha sempre além
daquilo que desejo, e realiza o que for para o meu bem. Deus sai do lugar de
fornecedor dos seus desejos para o lugar de Pai que você deve amar.
A oração sem egoísmos
É na oração do Pai Nosso onde Jesus me ensina que com
Deus, não se relaciona meu egoísmo, minhas vontades e meus desejos. Trata-se de
uma relação plural. Apesar de estar sozinho, no quarto de oração, não tendo
ninguém além de Deus com você, sua conversa é plural, você fala com Deus como
quem sabe que tem muitos irmãos. Como quem sabe que a maior das batalhas que terá
de enfrentar durante a caminhada de fé e peregrinação espiritual é o de
negar-se a si mesmo e olhar para o de fora, para além de si. Sabe que sua maior
luta é contra suas vontades, tentações e desejos.
A oração do Reino
É na oração do Pai-Nosso, mais do que em qualquer
outra, que nós aprendemos grandes coisas sobre Deus. A primeira é a existência
real de uma forma de viver onde Deus é uma realidade concreta e os seus
preceitos não são tidos como loucura, filosofia vã, altruísmo ou idiotice, mas
todos os habitantes desse reino são inspirados e levados a experimentarem mais
dEle e de seu amor na prática dessa realidade, nessa forma de viver e pensar na
vida. Isso é o reino de Deus. O Pai-Nosso é pra gente teimosa que ainda insiste
em acreditar que Deus deseja restaurar a humanidade.
A oração para abrir mão
Não tem mais essa do que eu penso, quero, faço,
sonho e pronto. No Pai-Nosso, o que conta é a vontade de Deus. E se for pra Ele
realizar mesmo a vontade Dele, muita coisa teria de ser diferente. Muita coisa
ia ter de mudar na nossa vida.
A oração do compromisso
No trecho do “pão nosso”, pense que: pão nosso é
fome, pão nosso é carência, pão nosso é necessidade, pão nosso é problema.
Ainda, pão nosso é dependência diária. É fé na provisão de Deus também, e a
pessoa “gramatical” da oração é a primeira, só que do plural. O outro come
comigo, sua necessidade é minha também; seu problema também é meu; sua carência
é minha responsabilidade; sua fome é minha fome. Vai por mim, orar o Pai-Nosso
sabendo do que o pão nosso pode implicar é desconfortante e pode te fazer
pensar em muita coisa.
A oração do perdão
Não se trata de opção, mas de condição. Causa e
consequência. Perdão me traz perdão, não perdão me traz não perdão. Simples.
Você terá de abandonar seu hábito de fofoca, seu rancor, sua amargura. Terá de
aprender a olhar para o outro, mergulhado, encharcado no sangue de Jesus. Ainda
terá de ver entre o erro dele que te gerou feridas e grandes angústias, pela
ótica da cruz. Compensa mesmo carregar essa angústia e ressentimento sabendo
que o preço disso foi consumado no madeiro? Na verdade, você terá de aprender a
olhar para o outro, disposto a amá-lo novamente, como Deus faz contigo.
A oração contra o pecado
Aqui quero deixar claro que você é pecado.
A queda de Adão grita através de você. Mas a condição de depravação total que
você se encontra não é motivo para uma vida desgraçada que te conforta quando
as verdades da palavra não são respeitadas. Cristo te ensina nessa oração: lute
contra a tua vontade de fazer aquilo que já te foi ensinado pelo Pai, em obra
do Espírito Santo, que não é da vontade dEle que você faça.
Raphael Douglas Almeida
Florianópolis/SC
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