15 de abril de 2015

A dor que mais dói..

Viemos à vida em meio a sorrisos pela alegria e lágrimas por causa do sofrimento de quem nos fez chegar. Partiremos em meio a dores no nosso corpo e na alma dos que nos amam.
E o intervalo entre estes dois momentos é feito de dores, das quais as cólicas renais e biliares ocupam o topo das escalas.
No entanto, as dores não são realmente comparáveis. Como pode alguém dizer que a sua dor é maior do que a do outro, se a recepção da dor é exclusiva e intransferível?
Não são algumas dores bem recebidas, como a do parto que traz a vida e a do atleta que quer vencer? Não somos até gratos pela dor da cirurgia que nos salvou da morte?
Dores são reais; por isto, fazemos tudo para não senti-las em nosso corpo.
Difícil é nos livrar das que mais doem, que são as dores na alma.
A dor da depressão nos incapacita para a luta.
A dor da rejeição nos fecha para o amor.
A dor do medo nos aprisiona.
A dor do abandono é como uma agulha que não sai da carne.
A dor psíquica nos faz andar em círculos, sem sentido.
É esta dor que precisamos enfrentar. Para tal, precisamos reunir as débeis forças que nos restam para pedir socorro. Não é fácil porque dói pedir socorro. Na caverna, em que a escuridão nos impede de ver, carecemos de alguém que nos conduza para onde o sol bate. A porta da prisão se abre por fora.
Quando sofremos no corpo, saímos em busca de ajuda, mesmo cambaleantes.
De igual modo, se estamos sofrendo as dores invisíveis da alma, precisamos pedir ajuda, mesmo com voz tênue, mesmo que nos arrastando por entre os escombros de nossas lembranças tristes.
E se estamos no lugar de perceber a dor do outro, devemos agradecer a Deus por tê-la visto, pedir a ele que nos capacite e, com firmeza, tomar pela mão carinhosamente o que sofre para ajudá-lo a caminhar em direção à vida.


Extraído do site:

Indicação Equipe Fémenina

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