5 de junho de 2015

Minha História de Amor - Fabíola e Jonny - Parte 1

Olá meninas!
Minha história poderia ser um filme de drama e comédia com muitas cenas de ação, mas vou tentar resumir ela para vocês!
Nossa história começa em janeiro de 2006, em um dia que foi péssimo para mim. Foi então que minha amada amiga Vânia resolveu me alegrar e convidou uns amigos para irem jantar lá em casa e fazer uma bagunça para quem sabe eu me distrair. Foi nessa noite que conheci, meu príncipe.
Nesse dia que começou a nossa amizade, ele sem dar muito papo e só analisando meu jeito doido de falar e me comunicar. Nesse dia também começou uma turminha muita querida, a qual a gente se encontrava quase todos os dias de noite para fazermos algo. Com o tempo, fui percebendo o homem lindo, com o caráter impecável, verdadeiro, amigo, companheiro, fiel e temente a Deus, e comigo pensei: “-nesse vale a pena investir, porque com esse o tempo não vai ser perdido. ” E lá no fundo, eu sempre acreditei que realmente ficaria com ele para sempre. Mas, como tinha me decepcionado muito com outro relacionamento, resolvi me calar e dar tempo ao tempo, até nossa “cúpida” Vânia perceber que o sentimento existia e era mútuo. Ela, muito prestativa, prontamente tratou de resolver isso... Durante 3 meses, ela ficou cutucando os dois, tentando fazer alguém tomar alguma iniciativa mas, nenhum dos dois se mexeu.... ahahahha
As orações começaram, eu por ele e ele por mim, mas sem assumir um para o outro que tinha algum interesse e muito menos a oração. A gente marcava as jantas com o pessoal, só não avisava todo mundo ahahah e lá ficava eu e ele conversando até tarde da noite, fora as inúmeras conversas pelo MSN.
Passados 3 meses de muita conversa e uma amizade forte, ele resolveu me convidar para um passeio em São Lourenço do Sul, com meu futuro cunhado e minha futura concunhada. E lá fomos nós... Quando chegamos ao destino, fiquei sabendo por um passarinho verde, que ele me pediria em namoro... hahaha mas claro que não acreditei!
Mas, não pense que foi assim tão fácil, porque o moço esperou anoitecer para fazer o pedido tão esperado. Quando eu já estava desistindo ele resolveu conversar comigo, e eu, como tenho uma imaginação bem fértil já pensei que ele iria falar que não tinha nada a ver nos dois e que era somente amizade. Na verdade, já estava até brava pelo horário adiantado, mas quando ouvi as primeiras palavras dele “estou gostando de você”, me calei e escutei (coisa difícil de acontecer, porque eu falo pelos cotovelos). A declaração foi recíproca, o pedido foi tímido e o primeiro beijo... aconteceu!!!  
Nosso namoro começou e tudo foi sempre muito tranqüilo mesmo namorando a distância, pois eu estudava em Porto Alegre.
Porém, em novembro de 2006, no final do semestre e em meio a correria de provas e com somente 7 meses de namoro, tudo ficou mais agitado e as grandes provações começaram. Descobri que estava dodói e então, começou uma grande batalha, primeiro para descobrirmos o que eu tinha e depois para o tratamento. Me sentia cansada, tinha algumas alergias que não terminavam nunca e o susto veio quando perto da minha escápula, apareceu um nódulo grande. Fui em um clinico geral e ele me pediu uma bateria de exames, entre eles um raio x, que veio sem laudo, pois na minha cidade a área da saúde infelizmente é precária. Mas, como eu estava envolvida com o final do semestre, não dei bola, mesmo o raio x mostrando uma enorme mancha no pulmão. Foi então, que minha mãe resolveu ir sozinha no médico, sem me avisar e resolveu essa situação, com certeza guiada por Deus. Descobrimos que eu tinha 2 Litros de água no pulmão e uma mancha (um provável tumor). O médico pediu urgência e me mandou direto para Porto Alegre. Lá fui submetida a 3 biopsias, a primeira na Puc, mas só erraram comigo e não deram resultado nenhum. Na verdade, me diagnosticaram com problemas muito piores do que eu tinha, queriam me operar, tirar parte do pulmão, revestir com pleura bovina...
Mas Deus mais uma vez intercedeu por mim e dessa vez através do meu pai que quando o médico da PUC falou que estava com tudo pronto pra cirurgia, ele brabo respondeu que na filha dele ninguém tocava, nesse mesmo momento saímos da PUC e fomos para a Santa Casa, onde consultávamos paralelamente com um oncologista o qual me salvou. Na mesma manhã, entrei para fazer uma nova biópsia e em menos de 7 dias tinha o resultado parcialmente igual ao que o meu médico pensava, mas foi preciso fazer uma nova biopsia porque não foi 100% e na terceira veio o resultado confirmado, realmente o tumor era maligno.
Foi um momento difícil com alguns choros, mas com muito amor envolvido, eu aprendi a ver a vida de um jeito completamente diferente e valorizar cada detalhe, desde o respirar até o sol brilhando.
Deus guiou minha família e graças a eles, eu tive o melhor tratamento. Descobrimos que eu tinha Linfoma de Hodking (um tipo de câncer no sistema imune). Já estava adiantado, se localizava no mediastino (local onde se localiza o coração) e não poderia de jeito nenhum ser retirado, só poderia ser tratado com quimioterapia e radio. Somente depois de todo meu tratamento, meu médico nos disse o tamanho do tumor, era do tamanho de uma bola de vôlei.
Meu amor, sempre esteve ao meu lado, um príncipe mesmo, passamos por 8 meses de quimioterapia, 1 mês de radioterapia, cabelo curtinho, várias cicatrizes e 20kg a mais. O susto mais uma vez veio em 2008 quando os médicos pediram nova biópsia... 
Está história está cheia de emoções... Prepare seu coração e confira a sequência na próxima sexta J
Fabíola Kramer
Camaquã, RS
   

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