E o intervalo
entre estes dois momentos é feito de dores, das quais as cólicas renais e
biliares ocupam o topo das escalas.
No entanto, as
dores não são realmente comparáveis. Como pode alguém dizer que a sua dor é
maior do que a do outro, se a recepção da dor é exclusiva e intransferível?
Não são
algumas dores bem recebidas, como a do parto que traz a vida e a do atleta que
quer vencer? Não somos até gratos pela dor da cirurgia que nos salvou da morte?
Dores são
reais; por isto, fazemos tudo para não senti-las em nosso corpo.
Difícil é nos
livrar das que mais doem, que são as dores na alma.
A dor da
depressão nos incapacita para a luta.
A dor da
rejeição nos fecha para o amor.
A dor do medo
nos aprisiona.
A dor do
abandono é como uma agulha que não sai da carne.
A dor psíquica
nos faz andar em círculos, sem sentido.
É esta dor que
precisamos enfrentar. Para tal, precisamos reunir as débeis forças que nos
restam para pedir socorro. Não é fácil porque dói pedir socorro. Na caverna, em
que a escuridão nos impede de ver, carecemos de alguém que nos conduza para
onde o sol bate. A porta da prisão se abre por fora.
Quando
sofremos no corpo, saímos em busca de ajuda, mesmo cambaleantes.
De igual modo,
se estamos sofrendo as dores invisíveis da alma, precisamos pedir ajuda, mesmo
com voz tênue, mesmo que nos arrastando por entre os escombros de nossas
lembranças tristes.
E se estamos
no lugar de perceber a dor do outro, devemos agradecer a Deus por tê-la visto,
pedir a ele que nos capacite e, com firmeza, tomar pela mão carinhosamente o
que sofre para ajudá-lo a caminhar em direção à vida.
Extraído do site:
Indicação Equipe Fémenina
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário nos deixa muito feliz! E não esqueça, Tenha Fémenina : )